Ao fim de noventa minutos de condução, parou e deixou-se ficar sentado a ver o mar. Que lindo dia está hoje pensou João Ferreira. Estava de facto um lindo dia, a lembrar antigamente, quando as estações eram bem definidas como no tempo da sua infância... mas um dia de primavera é diferente, a mãe natureza é que sabe... um aroma no ar... tudo verdinho, os canteiros e veredas a espontar flores por tudo quanto é sitio, as andorinhas a chegarem pontualmente, com uma precisão incrível. Primavera é assim mesmo!
Fechou os olhos e encheu os pulmões de ar, corria uma leve brisa, ainda um pouco fresca. Distraído, lentamente espreguiçou-se, e pensou; É tão feio fazer isto, mas sabe tão bem! Caminhou lentamente e sentou-se na “sua” pedra favorita, este era o seu lugar secreto, primeiro porque a memoria de seu pai assim lho impunha e depois porque foi eleito como secreto até que há-de chegar o dia em que partilhará esse segredo, um lugar tão perto e tão longe, no voltar da esquina, quase sem dar por ele, no meio da estrada sinuosa por entre os pinheiros,
desvio à direita depois à esquerda, caminho de terra batida, cinquenta metros á frente, ali estava aquela paisagem única e imponente.
“Quem sabe se um dia lhes direi, onde fica este lugar encantado”
Nunca deu por mal empregue, fazer aqueles quilómetros, para desfrutar daquela paz e tranquilamente reflectir sobre o que ia na alma, sobre as decisões difíceis que têm que ser tomadas. Sentiu o ar fresco do mar a acariciar-lhe o rosto, franziu os olhos, olhando para a linha do horizonte tentando vislumbrar uma pequena embarcação que chegava da faina, assim permaneceu durante algum tempo, era apenas visível um pequeno ponto negro a aproximar-se lentamente, assim permaneceu com olhar perdido na imensidão do mar,
vendo as vagas calmamente chegarem á costa. Ao olhar em seu redor, nas suas costas, ali estava imponente aquela serra, com um lindo pinhal na encosta da serra, não menos deslumbrante, a vista dos campos no sopé da montanha, a escarpa vertiginosa... fechar os olhos bem na ponta do rochedo, respirar fundo, abrir os braços e deixar o pensamento á solta, qual gaivota voando sobre as ondas, não fora o facto de ter os pés assentes no chão, é como se todo o corpo voasse, voa espírito rebelde que tens andado tão triste quase reprimido ultimamente.
Com os olhos fechados conseguia imaginar-se solto, qual pássaro qual gaivota voando até onde as forças o levassem, num bailado que só quem é livre pode experimentar.
João Ferreira sentia-se particularmente bem ali, sentindo que aquele local mexia positivamente com a sua pessoa onde os pensamentos faziam eco no fundo da sua alma, volta e meia voltava ao seu estado normal de espírito e murmurava baixinho tentando auto-convencer-se, e ia dizendo “isto aqui faz-me sonhar, faz-me sentir criança novamente”, reflectindo no prazer e nas sensações que sentia, “se o mar não estivesse trezentos metros abaixo, também seria bom ir caminhar na praia descalço deixando os passos marcados na areia fina, não, o que eu gosto mesmo é de estar aqui e sentir esta brisa, gosto mais de estar cá em cima e ver as coisas de cima para baixo”. Olhar de baixo para cima é deprimente... pensava o pobre homem nas suas divagações.
Fechou os olhos e encheu os pulmões de ar, corria uma leve brisa, ainda um pouco fresca. Distraído, lentamente espreguiçou-se, e pensou; É tão feio fazer isto, mas sabe tão bem! Caminhou lentamente e sentou-se na “sua” pedra favorita, este era o seu lugar secreto, primeiro porque a memoria de seu pai assim lho impunha e depois porque foi eleito como secreto até que há-de chegar o dia em que partilhará esse segredo, um lugar tão perto e tão longe, no voltar da esquina, quase sem dar por ele, no meio da estrada sinuosa por entre os pinheiros,

“Quem sabe se um dia lhes direi, onde fica este lugar encantado”
Nunca deu por mal empregue, fazer aqueles quilómetros, para desfrutar daquela paz e tranquilamente reflectir sobre o que ia na alma, sobre as decisões difíceis que têm que ser tomadas. Sentiu o ar fresco do mar a acariciar-lhe o rosto, franziu os olhos, olhando para a linha do horizonte tentando vislumbrar uma pequena embarcação que chegava da faina, assim permaneceu durante algum tempo, era apenas visível um pequeno ponto negro a aproximar-se lentamente, assim permaneceu com olhar perdido na imensidão do mar,

Com os olhos fechados conseguia imaginar-se solto, qual pássaro qual gaivota voando até onde as forças o levassem, num bailado que só quem é livre pode experimentar.
João Ferreira sentia-se particularmente bem ali, sentindo que aquele local mexia positivamente com a sua pessoa onde os pensamentos faziam eco no fundo da sua alma, volta e meia voltava ao seu estado normal de espírito e murmurava baixinho tentando auto-convencer-se, e ia dizendo “isto aqui faz-me sonhar, faz-me sentir criança novamente”, reflectindo no prazer e nas sensações que sentia, “se o mar não estivesse trezentos metros abaixo, também seria bom ir caminhar na praia descalço deixando os passos marcados na areia fina, não, o que eu gosto mesmo é de estar aqui e sentir esta brisa, gosto mais de estar cá em cima e ver as coisas de cima para baixo”. Olhar de baixo para cima é deprimente... pensava o pobre homem nas suas divagações.
Continua...
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