Descartes deu o mote. A filosofia deste deste espaço é antes de mais dedicado ao sonho, às duvidas existênciais à escrita e ao prazer da leitura, um blog onde a actualidade não pode deixar de estar presente.




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Será
que
é
apenas
uma
Simples preocupação ambiental ou uma questão fundamental de Sobrevivencia?

As interrugações são muitas, como iremos enfrentar a furia da natureza, que se volta cada vez mais e mais violenta contra nós das mais diversas formas e modos; Estações indefenidas, vagas de frio ou de calor, ventos ciclonicos e furacões, inundações, tremores de terra como nunca vimos um pouco por todo o lado indiciando mudanças que já começaram a acontecer e nós nada. Até quando vamos continuar a achar que o problema é sempre do vizinho e nós eternamente inocentes.


Como vai ser o nosso mundo daqui a alguns anos?

A terra vai resolver o problema como sempre fez?

Não seremos nós a causa do problema?

A ausência de regras pode levar o "nosso" mundo à destruição total, se não forem tomadas medidas urgentes já a começar pelo nosso comportamento.

Será que temos disso consciência ou simplesmente encolhemos os ombros achando que o problema é dos outros, deitamos as culpas para os Americanos ou para os Chineses, como poderemos continuar a pensar que a culpa é apenas dos madeireiros da Amazónia vendo que o pulmão do mundo está a morrer e permanecemos calmos. Não será que todos nós como consumidores temos culpa e todos os dias exigimos que isso aconteça. Há dias vi um estudo interessante que dizia entre outras coisas que a actual crise financeira internacional está a ajudar a floresta da Amazónia, pois havia sido diminuída a procura de madeira, devido ao arrefecimento da economia mundial.

Isso a ser verdade faz de todos nós culpados.

Como podemos consentir que se destrua tudo à nossa volta?

Há duzentos anos houve uma pessoa que teve a lucidez de dizer tudo o que lhe ia na alma, qual arauto de desgraças ou simplesmente um visionário, que viu o obvio, que foi simplesmente ver, o que estaria para acontecer, devido há falta de sensibilidade e desrespeito com que se tratava a mãe natureza. Sem mais demoras aqui lhes deixo o texto integral que é um grito de revolta universal, que se designa por Mensagem de Seattle endereçada por um chefe Seattle o grande chefe Índio respondendo ao todo poderoso Presidente dos EUA, este chefe Índio, após o Governo Norte-Americano lhes ter proposto a compra do território ocupado pelas suas tribos, respondeu-lhe enviando-lhe uma carta , divulgada pela UNESCO em 1976, quando das comemorações do Dia Mundial do Ambiente é como a Magna Carta do Ambiente que até aos dias de hoje se mantém actualissima, apesar dos quase dois séculos de existencia, uma vez que a causa ecológica passou a ter um papel relevante nas preocupaões dos povos, de admirar é a lucidez do chefe índio, com olhar perspicaz de estava habituado a olhar o horizonte e ver mais além, a respeitar o bisontes, que alimentava a sua tribo, a ver a importância da Terra Mãe na gestão da vida global.



MANIFESTO DA MÃE TERRA


"Como podeis comprar ou vender o céu, o calor da terra? A ideia não tem sentido para nós. Se não somos donos da frescura do ar ou o brilho das águas, como podeis querer comprá-los? Qualquer parte desta terra é sagrada para meu povo. Qualquer folha de pinheiro, cada grão de areia nas praias, a neblina nos bosques sombrios, cada monte e até o zumbido do insecto, tudo é sagrado na memória e no passado do meu povo. A seiva que percorre o interior das árvores leva em si as memórias do homem vermelho. Os mortos do homem branco esquecem a terra onde nasceram, quando empreendem as suas viagens entre as estrelas; ao contrário os nossos mortos jamais esquecem esta terra maravilhosa, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós.As flores perfumadas são nossas irmãs, os veados, os cavalos a majestosa águia, todos nossos irmãos. Os picos rochosos, a fragrância dos bosques, o calor do corpo do cavalo e do homem, todos pertencem à mesma família. Assim, quando o grande chefe em Washington envia a mensagem manifestando o desejo de comprar as nossas terras, está a pedir demasiado de nós. O grande Chefe manda dizer ainda que nos reservará um sítio onde possamos viver confortavelmente uns com os outros. Ele será então nosso pai e nós seremos seus filhos. Se assim é, vamos considerar a sua proposta sobre a compra de nossa terra. Isto não é fácil, já que esta terra é sagrada para nós. A límpida água que corre nos ribeiros e nos rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, recordar-se-á e lembrará aos vossos filhos que ela é sagrada, e que cada reflexo nas claras águas evoca eventos e fases da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz do pai do meu pai. Os rios são nossos irmãos, e saciam a nossa sede. Levam as nossas canoas e alimentam os nossos filhos. Se lhes vendermos a terra, deveis lembrar e ensinar aos vossos filhos que os rios são nossos irmãos, e também o são deles, e deveis a partir de então dispensar aos rios o mesmo tratamento e afecto que dispensais a um irmão. Nós sabemos que o homem branco não entende o nosso modo de ser. Ele não sabe distinguir um pedaço de terra de outro qualquer, pois é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo de que precisa. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, depois de vencida e conquistada, ele vai embora, à procura de outro lugar. Deixa atrás de si a sepultura de seus pais e não se importa. A cova de seus pais é a herança de seus filhos, ele os esquece. Trata a sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas que se compram, como se fossem peles de carneiro ou brilhantes contas sem valor. O seu apetite vai exaurir a terra, deixando atrás de si só desertos. E isso eu não compreendo.O nosso modo de ser é completamente diferente do vosso. A visão de vossas cidades faz doer os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e não compreende...Nas cidades do homem branco não há um só lugar onde haja silêncio, paz. Um só lugar onde ouvir o desabrochar das folhas na primavera, o zunir das asas de um insecto. Talvez seja porque sou um selvagem e não possa compreender. O vosso ruído insulta os nossos ouvidos. Que vida é essa onde o homem não pode ouvir o pio solitário da coruja ou o coaxar das rãs nas margens dos charcos e ribeiros ao cair da noite? O índio prefere o suave sussurrar do vento esfolando a superfície das águas do lago, ou a fragrância da brisa, purificada pela chuva do meio dia e aromatizada pelo perfume dos pinhais. O ar é inestimável para o homem vermelho, pois dele todos se alimentam. Os animais, as árvores, o homem, todos respiram o mesmo ar. O homem branco parece não se importar com o ar que respira. Como um cadáver em decomposição, ele é insensível ao mau cheiro. Mas se vos vendermos nossa terra, deveis recordar que o ar é precioso para nós, que o ar insufla seu espírito em todas as coisas que dele vivem. O vento que deu aos nossos avós o primeiro sopro de vida é o mesmo que lhes recebe o último suspiro. Se vendermos nossa terra a vós, deveis conservá-la à parte, como sagrada, como um lugar onde mesmo um homem branco possa ir saborear a brisa aromatizada pelas flores dos bosques. Por tudo isto consideraremos a vossa proposta de comprar nossa terra. Se nos decidirmos a aceitá-la, eu porei uma condição: O homem branco terá que tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo outro modo de vida. Tenho visto milhares de bisontes apodrecendo nas pradarias, mortos a tiro pelo homem branco de um comboio em andamento. Sou um selvagem e não compreendo como o fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante que o bisonte, que nós caçamos apenas para sobreviver.Que será dos homens sem os animais? Se todos os animais desaparecem, o homem morrerá de solidão espiritual. Porque o que suceder aos animais afectará os homens. Tudo está ligado. Deveis ensinar a vossos filhos que o solo que pisam são as cinzas de nossos avós. Para que eles respeitem a terra, ensina-lhes que ela é rica pela vida dos seres de todas as espécies. Ensinai aos vossos filhos o que nós ensinamos aos nossos: Que a terra é a nossa mãe. Quando o homem cospe sobre a terra, cospe sobre si mesmo. De uma coisa nós temos certeza: A terra não pertence ao homem branco; o homem branco é que pertence à terra. Disso nós temos a certeza. Todas as coisas estão relacionadas como o sangue que une uma família. Tudo está associado. O que fere a terra fere também aos filhos da terra. O homem não tece a teia da vida: é antes um dos seus fios. O que quer que faça a essa teia, faz a si próprio. Nem mesmo o homem branco, cujo Deus passeia e fala com ele como um amigo, não pode fugir a esse destino comum. Por fim talvez, e apesar de tudo, sejamos irmãos. Uma coisa sabemos, e que talvez o homem branco venha a descobrir um dia: o nosso Deus é o mesmo Deus. Hoje pensais que Ele é só vosso, tal como desejais possuir a terra, mas não podeis. Ele é o Deus do homem e sua compaixão é igual tanto para o homem branco, quanto para o homem vermelho. Esta terra tem um valor inestimável para Ele, e ofender a terra é insultar o seu Criador. Também os brancos acabarão um dia talvez mais cedo do que todas as outras tribos. Contaminai os vossos rios e uma noite morrerão afogados nos vossos resíduos.Contudo, caminhareis para a vossa destruição, iluminados pela força do Deus que vos trouxe a esta terra e por algum desígnio especial vos deu o domínio sobre ela e sobre o homem vermelho. Este destino é um mistério para nós, pois não compreendemos como será no dia em que o último bisonte for dizimado, os cavalos selvagens domesticados, os secretos recantos das florestas invadidos pelo odor do suor de muitos homens e a visão das brilhantes colinas bloqueada por fios falantes. Onde está o matagal? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu.
Termina a vida começa a sobrevivência."
-
seguem-se algumas imagens fantasticas da Amazónia, acompanhadas com a vós maravilhosa de Roberto Carlos em
Amazónia insónia do mundo


Fiquem bem

13 comentários:

  1. olá! Obrigada pelo seu comentário no meu blog ;) gostei muito ;)
    Este seu post deveria ser publicado numa revista ou jornal para fazer os portugueses pensar ... enquanto não mudarmos de mentalidade, continuamos a perder tempo... que mundo espera os nossos filhos ou netos?...
    Beijinhos e até breve ;)

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  2. António

    Nós somos natureza, fazemos parte dela..
    Temos ignorado os sinais que ela nos envia, esqueçendo que ignoramos também a nossa própria espécie e o que restará dela.
    E não se diga que a preocupação do mundo é o futuro, quando mais ninguém pensa senão no aqui e no agora!

    Parabéns pelo seu Blog, o anterior e este, com nome próprio e nova roupagem!
    Obrigado pela sua visita aos " pequenos detalhes", volte sempre!

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  3. Amigo António!
    Estou de visita ao seu novo blog e felicito-o
    pela feliz ideia na criação deste espaço que
    também é cultura. Depois de ter lido estes
    temas interessantes, quero manifestar-lhe o
    meu incondicional acordo com os mesmos.
    Em conversas de café sobre os fenómenos da
    natureza a que nos últimos tempos temos
    assistido, tenho emitido a opinião de todos os
    factos ocorridos serem uma aceleração da
    morte da natureza por efeito da mão do
    homem. E se não fizermos algo em defesa dos
    bens da natureza, se não preservarmos a
    atmosfera, não tenhamos dúvidas que algo de
    catastrófico irá acontecer.

    Parabéns pelo blog

    Um bom Domingo

    Alvaro Oliveira

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  4. Eu sou muito interessada pela Natureza. Na verdade tenho bastante atenção a documentários, a palestras sobre o ambiente e do que se pode fazer para melhorar a qualidade de vida e do planeta.
    O que publicou é muito importante pois não se pode culpar apenas uma pequena parte do problema. Somos todos culpados pelo que acontece e não agradecemos à Natureza tudo o que nos dá. Destruímos árvores, habitats, espécies em vias de extinção, tudo para o nosso próprio conforto. Enquanto todos nós não tomarmos consciência do mal que provocamos, não se fará nada. E se não abrirmos os olhos a tempo, pode ser tarde demais.

    Obrigada pela visita ao meu blog. Virei ao seu quando a minha disponibilidade o permitir pois achei os temas que aborda muito interessantes.

    Patrícia=)

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  5. Olá, António
    Venho do "Histórias" agradecer a tua visita e comentário.
    Confesso que eu também gosto muito desta lenda da Serra da Estrela. Aliás, eu gosto imenso de lendas; talvez por gostar muito de História, e muitas lendas terem um fundo histórico.
    Obrigada.

    Bom domindo e bom fim de semana.

    Beijinhos
    Mariazita

    PS - VOLTAREI PARA TE LER E COMENTAR.

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  6. António, toda vez que leio essa carta do Chefe Seattle emociono. Muito interessante seu blog.

    Parabéns pelo seu espaço.

    Beijo grande.

    Rebeca


    -

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  7. António!
    A Blogosfera está de parabéns com o seu novo blog.
    Nome, conteúdo, layout, e os seus textos cativantes. Não falta nada!
    Parabéns à você!
    Abraços

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  8. Achei muito interessante este post e muito oportuno o tema.
    Na verdade, já todos sabemos que a Natureza não suporta mais o ritmo de crescimento económico em que temos vivido.
    Estamos a destruir o património natural que nos foi legado e temos que ter consciência de que cada um de nós tem que ter uma atitude de vida diferente.
    Temos que mudar muito os nossos hábitos se queremos que os nossos netos e bisnetos tenham um mundo habitável para viver!
    Gostei imenso do que aqui vim encontrar!
    Os meus parabéns.

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  9. Antonio,seu blog é simplesmente maravilhoso!Muito bem feito e com msgs tocantes e bem escritas!Gostei bastante e estarei sempre por aqui!Abraços,

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  10. Vendo seu convite, aqui venho, e percebo um espaço definido com o nome PENSO EXISTO,
    já começa bem com o grande manifesto da MÃE TERRA, sucesso lhe desejo sempre,
    Efigênia Coutinho

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  11. Caro António,
    O seu texto é soberbo e a preocupação nele latente é muito séria. Obrigada em nome do Mundo por lutar pela sua sobrevivência. Possivelmente os nossos filhos e netos, as gerações que virão a seguir a nós irão encontrar a terra bem diferente do paraíso que ela foi. Mas não será que a história já nos vem contando isso? Continentes inteiros que desapareceram, grandes cataclismos que transformaram mares em desertos e vice-versa.
    Claro que é preciso lutar e eu estou consigo nessa luta. Mas será que poderemos adiar o inadiável. Não estará isto a acontecer para que a volta se dê e passemos a viver num mundo melhor?
    Um abraço,
    Maria Emília

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  12. Antóniooo...., olha p'ra mim..., 'tou-te sorrindo, de lágrima no olho! Não tinha nunca lido esta "Magna Carta". Tive um blog em que o meu nome era "India". Às vezes perguntavam-me, mas porquê India?! Sempre senti porque escolhi aquele nome, mas nunca soube explicar. Quando me voltarem a perguntar, é com esta carta que eu vou responder! É fantástico, como um "selvagem" sabe descrever a VIDA, o UNIVERSO, com tanta perfeição, sem se esquecer de nada, tão cheio de humildade se no entanto deixar de ser orgulhoso de si mesmo e do que representa. Adorei António! Assim como adorei ficar assim..., a olhar para ti, alí ao lado, a tentar descobrir "quem és"!
    Fantástico este blog. Obrigada por estar aqui!
    Beijo

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  13. Grcias por tu visita. Todos somos responsables de todo lo que sucede. Mientras no cambiemos las mentes, el mundo no cambiará.
    besos y amor
    je

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