Enviaram-me este excelente artigo da autoria de Nuno de Noronha, que partilho com todos os que por aqui passam.
( SAPO Notícias: http://noticias.sapo.pt/nacional/artigo/um-futuro-sem-praias-algoritmo-d_5164.html
Erosão costeira
( SAPO Notícias: http://noticias.sapo.pt/nacional/artigo/um-futuro-sem-praias-algoritmo-d_5164.html
Erosão costeira
Algoritmo da Universidade de Aveiro alerta para o
risco de um futuro sem praias
Imagem: LUSA/PAULO NOVAIS |
Nos últimos 52 anos, em alguns pontos da faixa costeira entre Cortegaça e a Praia de Mira, registaram-se recuos da linha de costa na ordem dos 230 metros, o que correspondente a um recuo médio de seis metros por ano
O modelo de simulação conclui a
“redução considerável da largura de algumas praias entre Cortegaça e Mira e o aparecimento
de novas aberturas entre o mar e a ria de Aveiro”, lê-se num comunicado da
Universidade de Aveiro (UA).
O algoritmo desenvolvido por uma
equipa liderada por Carlos Coelho, investigador do Departamento de Engenharia
Civil da referida instituição de ensino, conclui que o areal das frentes
urbanas protegidas tenderá a desaparecer, acompanhando o recuo da linha de
costa face ao avanço do mar, com a exceção do troço entre as praias de São
Jacinto e Torreira, onde o molhe do Porto Comercial de Aveiro segura uma grande
quantidade de sedimentos.
Carlos Coelho, investigador da Universidade de Aveiro responsável pelo estudo |
As simulações obtidas através do
algoritmo têm por base dados sobre a evolução da linha de costa nas últimas
décadas e partem do princípio que as condições atuais se mantêm, lê-se na nota
de imprensa.
Modelo numérico
O algoritmo desenvolvido por Carlos
Coelho está em “adaptação constante”. O investigador reconhece a existência de
limitações no conhecimento e na tradução numérica de todos os processos
envolvidos na erosão costeira, mas explica que apesar da escassez de dados é
importante dar seguimento à monitorização, já que “quanto mais dados tivermos,
e mais minuciosos forem, melhor poderemos calibrar o modelo de forma a obtermos
melhores projeções”.
Este cenário desolador para a região
já tinha sido avançado num estudo de 2005 da mesma universidade. Cristina
Bernades concluiu que “cada vez há menos sedimento disponível para ser
transportado pelas correntes da deriva litoral, fator decisivo para o aumento
da erosão na costa de Aveiro".
Na altura, a investigadora garantiu
que a costa aveirense recuou significativamente desde 1958 e frisou que a
tendência era para continuar. "A tendência na zona de Aveiro é para uma
erosão muito séria e continuação do recuo da linha da costa. Os rios trazem
cada vez menos sedimentos até à foz", advertiu.
Mar vai ligar-se à laguna de Aveiro
a sul da Vagueira se nada for feito, alerta estudo da UAFotografia: UA
O rio Douro é um dos principais
contribuintes em sedimentos para a zona, mas uma grande quantidade fica retida
nas barragens ao que ainda se acrescem as extrações de areias feitas nos rios.
O estudo de 2005 concluiu ainda que "as correntes estão artificialmente
desnutridas de sedimento e (…) dissipam a sua energia na erosão das praias e
das dunas", defendendo a destruição dos esporões ou a recarga artificial
das praias para contrariar a erosão, já que "os molhes do Porto de Aveiro,
os esporões e enrocamentos acabam por ser armadilhas para o pouco sedimento
disponível".
"Há praias que pura e
simplesmente desapareceram nos últimos tempos", lembra a investigadora.
Nos últimos 52 anos, entre a Costa
Nova e a Vagueira, a linha de costa recuou 73 metros. Entre Maceda e o
Furadouro, no mesmo período de tempo, houve um recuo de 120 metros. Mas entre
alguns pontos desta faixa costeira, registaram-se recuos de 230 metros, o que
correspondente a uma perda efetiva do sistema praia-duna, sublinha a
investigadora, e um recuo médio da linha de costa de seis metros por ano.
Um dos comentários publicado junto desta noticia dizia a esse propósito o seguinte, reforçando esta ultima ideia:
Sabem porquê?
porque com as barragens, deixou de haver deposição de inertes na costa, ficando agora depositados nas zonas de desaceleração das águas, perto das barragens, constituindo Deltas de areia, que um dia terão que ser removidos e transportados de camião até ao mar. Já é assim em muitos países... pensa-se em resolver um problema, mas ignoram-se os outros...
Caro amigo Antonio !!!!
ResponderEliminarO meu Blog. tem a honra de lhe conceder o
Selo “Este Blog é Ouro” a você, por ser
Meu amigo e seguidor. Ele é cortesia de
“Poesias do Poeta Cigano”. Espero que goste
Desse mimo carinhoso.
Encontra-se em meu Blog. no Selo para os amigos
Logo no início.
Como não tem código, é necessário salvar ou
Capturar a imagem e, passar para seus arquivos.
Posteriormente lançá-lo no campo Imagem do
Layout de seu Blog.
Beijos de luz !!!
POETA CIGANO – 14/11/2012
http://carlosrimolo.blogspot.com
Muito obrigado pela distinção, irei buscar com carinho e de seguida irei colocá-lo neste blogue. Permita-me que retribua de igual forma. No meu blogue Ensaios Poéticos tenho lá o meu selo que lhe ofereço com imenso prazer.
EliminarGrande abraço
Gallobar